Eram 19h30 quando cheguei ao Coliseu, bem acompanhada. Já nos esperavam.
As portas abriram e para fugir à chuva centenas de pessoas se apressaram a subir as escadas, tropeçando entre capas negras e botas pesadas. Poucos foram aqueles que procuraram um melhor lugar.
Os Pain, banda sueca, abriram o espectáculo. Cumpriram o seu papel na perfeição. Fizeram o público saltar e cantar, bem quentinhos para o que se seguiria.
Terminaram com a entrada não esperada de todos os elementos dos Nightwish. Tocaram juntos a sua música, arrisco-me a dizer mais conhecida, 'Shut your mouth'. Foi um momento feliz que culminou o bom instrumental e a enérgica presença em palco apresentados. A dúvida era apenas uma, a vocalista era a Anette Olson ou a Nelly Furtado?... -.-
Momentos depois, trocas de palco, instrumentos, afinações (demasiado tempo desperdiçado a meu ver...), surgem os primeiros acordes de 'Bye Bye Beautiful'.
No geral, durante as duas horas, o concerto tornou-se em muito mais do que a simples apresentação de temas ao vivo. Nada faltou. A troca de energia entre a banda e o público foi sempre muito forte. Animação por parte da banda convidada (Pain) durante o concerto de Nightwish também não (lembrar entrada em palco de Bin Laden e de um cozinheiro a servir shots). As músicas apresentadas também estiveram balanceadas entre o calmo e o frenético. A nova vocalista consegue e faz por estar em permanente contacto com todos (bandeira portuguesa às costas, por exemplo). As emoções do público fizeram-se sem dúvida notar.
No entanto, faltou qualquer coisa. Talvez aquele qualquer coisa da voz insubstituivel de Tarja Turnen, talvez a sua presença misteriosa, altiva e mágica em palco. Aquele qualquer coisa que em tempos me fez pensar os Nightwish como uma banda inalcansável.
Talvez tenha sido só eu... E nada contra a Anette, atenção. Ela canta fora do seu registo, teve de fazer uma reinterpretação das músicas e mesmo assim consegue aguentar duas horas inteiras e todos os fãs, com uma presença fantástica e muito pessoal.
Bom, mas quem gostei mesmo de ver foram o Marco Hietala e Tuomas Holopainen. Este último então! *.* ai ai... (mas isso é outra história) Eles são os Nightwish! E os restantes que me desculpem.
Bonito de ver foi também a cumplicidade entre todos os elementos da banda, e bandas.
O concerto terminou com a repetição da 'Wish I had an angel' - Nightwish e Pain.
Bom espectáculo. No entanto, não um concerto inesquecível.
1 comment:
Memorable! À laia de imitadeira, também tenho que fazer um post sobre isso. :P
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