Wednesday, January 24, 2007

O peso de amar...




É ao voar nesta casa desabitada que me encontro
Aqui junto do fogo apagado aqueço o que gelou
Alimento a mágoa, mato o amor (ou será ao contrário?)
Tento viver sem luz…

Sinto lá fora os movimentos do mundo
Observo cada voo, cada suspiro
Estarei perto de me encontrar?

Já o estive uma vez…
Tão, tão perto que quase me dei
Tão perto que se tornou fácil de mais destruir-me
Tão perto que tudo ficou longe

Agora tudo gela quando passo
A vida, o amor, a verdade
Sou veneno para o mundo
A culpa de existir cai todos os dias sobre mim
Mas quem sou?
Culpada porquê?

Sou a morta… o não-amor… a mentira…

2 comments:

Anonymous said...

"«Naquele engano de alma ledo e cego
Que a fortuna não deixa durar muito...»
Com paz e alegria de alma... um engano, um engano de poucos instantes que seja... deve ser a felicidade suprema neste mundo. E que importa que o não deixe durar muito a fortuna? Viveu-se, pode-se morrer. Mas eu!... Oh! Que não saiba ao menos, que não suspeite o estado em que eu vivo... este medo, estes contínuos terrores, que ainda me não deixaram gozar um só momento de toda a imensa felicidade que me dava o seu amor. Oh! que amor, que felicidade... que desgraça a minha!"

Anonymous said...

Conheces te? Achas que te conheces assim tão profundamente? Se te conheces, consegues matar o sofrimento em ti.

Beijinho.