Tenho falta de escrever
Falta de razão e bom senso
Se a tempestade ecoa lá fora
As batidas doiam cá dentro
Noite, mais do que noite
Manhã, mais do que dentro
Escuro, escondida
Saleta de café enfezu
Lugar de amores mortos
Lugar de loucos
Do paladar do fogo me pediste para sair
Dos olhares de vidro baço
Corações de aço
Línguas prontas a lamber
Todo e qualquer espaço
Reconditos sofás de vermelho gasto
Candelabros de sonhos ardidos
Preto, escuro,
As batidas como espasmos
A traição como um marasmo
Lugar ousado
Nunca para ti
Não vestes a noite
Nem a queres vestida em mim
Se dele te falasse
Dele mais não sairia
Sala de sombras
Amigos fantasmas
Mundo fastástico de fantasias
Vestidos compridos
Capas de outros tempos
Aneis de cobre
A música, o nosso compasso
O cheiro do ópio
O doce do anis
O jogo de sabores
A vida na morte
A morte como vida
Ritual de sonho
Noites de loucura e esquecimento
O tirar da máscara
O vestir de outra...
Se te dissesse que os conheço?
Que vivo com eles muitos dos dias
Se te trincasse?
Tu mordias?
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1 comment:
sandra , amei a tua escrit. nota um grau de profundidade enorme. parabens
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